30 de março de 2012

Desafios da CUT com a Juventude

Os desafios da CUT com a Juventude são muitos e vão além da relação com os jovens filiados. Em primeiro lugar, se faz necessário o entendimento da importância da temática juventude, inserindo o debate dentro da Central e replicando as discussões em todos os locais onde a CUT atua. A CUT deve ter propostas para os jovens trabalhadores, sindicalizados ou não. Deve ter um diálogo mais aproximado com as juventudes partidárias. Deve absorver a temática por conta da quantidade de jovens que o país tem hoje e o impacto que esta atitude representa. Deve mais uma vez ser pioneira nas discussões trabalhistas e ter propostas para estes jovens que representam o futuro do país e que o Brasil depende deles para continuar se desenvolvendo e crescendo.

Ao longo dos anos que se passaram desde a criação da CUT, muitos debates aconteceram na juventude e nós fomos nos organizando e nos formando, conseguindo assim montar com muito custo o Coletivo Nacional de Jovens. Esta nossa inserção aconteceu em um período muito rico de debates. Mas quando olho para trás para fazer um balanço deste período, não consigo vislumbrar grandes resultados nem tantos avanços como gostaria e como acredito que poderíamos ter feito. O pouco que restou deste período em que a temática foi inserida nas discussões, se limita ao Coletivo e as Secretarias de Juventude nos estados e na nacional. Penso que isso é pouco para o tamanho da sede destes personagens que fizeram parte do início desta empreitada, quando ainda estávamos em formação. Faltam talvez políticas e ações mais objetivas, direcionadas para este contingente enorme de jovens trabalhadores que carecem de um olhar mais cuidadoso da Central. Falta ainda que os idealizadores e fundadores da CUT possam ceder a vez e dar acesso aos espaços de direção aos jovens que se formam em todo o país. Eu penso que deveria ser feita uma grande campanha de formação por este Brasil, onde nós, assim que passássemos por esta formação, pudéssemos ocupar espaços de direção de fato, oxigenando e renovando a CUT. A história da CUT é de uma riqueza muito grande, mas quando vamos para a prática, ficamos decepcionados com a prática de muitos dirigentes antigos. Vemos que todo nosso trabalho e dedicação não valem nada, a não ser ajudar a manter os mesmos indivíduos nos seus espaços de poder.

Mais uma vez estamos chegando no período de mudança da direção da entidade. Continuo pensando que a disputa que se deu dentro da Articulação foi muito pequena. Entendo que SP foi o berço da CUT, mas talvez fosse importante para a Central ter pela primeira vez um Presidente que vivesse a realidade da relação com o trabalhador em outro estado do país. Somos muitos países em um só. É preciso replicar isso dentro da CUT e para fora dela. Já havia me manifestado a este respeito, mas mesmo desapontado com os rumos dados e as definições feitas, ainda acredito que é nosso papel sonhar. Sonhar com melhorias na entidade, sonhar com um programa onde devemos resgatar alguns valores perdidos ao longo do tempo e principalmente, sonhar com prioridade. Prioridade, no meu entender é poder ter autonomia para escolher nossos representantes nos estados e na nacional, estando dentro do programa de gestão, com mais espaços em outras pastas, com percentual financeiro para planejamento, formação e execução das ações.

Meus companheiros, temos um grande desafio pela frente. Mudar o mundo sindical que conhecemos, mudar o pensamento retrógrado dos nossos dirigentes e fazer de uma vez por todas que eles saibam que estamos reivindicando nosso espaço, que somos capacitados e estamos preparados para dirigir a entidade. Diante disso tudo, sugiro que façamos um grande encontro da JUVART aqui em Brasília, para juntos pensarmos em uma única linha para adotar em nossas intervenções, pensarmos de que maneira vamos poder propor ações que realmente façam a diferença na vida dos jovens trabalhadores, de que maneira poderemos renovar a CUT para que ela tenha uma maior abrangência e representação.

Saudações CUTistas,

Pedro Henrichs

26 de março de 2012

Jovens protestam contra militares envolvidos em tortura durante a ditadura

Manifestantes em diferentes estados pedem também a rápida instauração da Comissão da Verdade    
Jovens reuniram-se hoje (26) em Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre para protestar contra torturadores que participaram de ações de repressão durante a ditadura no Brasil (1964-1985). Organizado pelo Levante Popular da Juventude, o intuito é expor publicamente participantes diretos da violência repressiva, com atos próximos aos locais onde vivem os acusados.

Para Lira Alli, estudante paulista, o importante do ato, conhecido como "escracho" e realizado originalmente na Argentina, é levantar questões do passado que não são discutidas e abordadas em sala de aula. "A gente já vinha há algum tempo pensando em realizar ações deste tipo, inspirados, especialmente, no que a juventude de outros países da América Latina já vem fazendo", explicou Alli.

Em São Paulo, com a participação de 200 estudantes, o alvo dos protestos foi o delegado aposentado do antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), David dos Santos Araujo, que hoje tem uma empresa de segurança privada. "Capitão Lisboa", como era conhecido à época, é acusado, por uma ação civil pública do Ministério Público Federal, de envolvimento na tortura e morte de Joaquim Alencar de Seixas.

O resgate histórico dos períodos de repressão durante a ditadura militar foi relacionado este ano pelos estudantes para que os atos de protesto suscitem a importância da criação da Comissão da Verdade. O colegiado, aprovado e sancionado no ano passado, ficará a cargo de investigar, com acesso livre a documentos, casos de violação aos direitos humanos durante o período de 1946 a 1988.  Para sair do papel, a comissão precisa agora que seus integrantes sejam escolhidos pela presidenta Dilma Rousseff.

"Foi justamente por conta do processo que está se formando em torno da Comissão da Verdade que a gente decidiu fazer esse ato. Primeiro por conta de crimes pelos quais alguns militares são acusados e processados e que não são de conhecimento da população. Também queremos fazer com que a sociedade se posicione a esse respeito, por ser uma passagem sombria da nossa história e que precisa ser resgatado", ressaltou a estudante.

23 de março de 2012

Cenário para negociações sindicais ficou mais favorável a partir de 2004

Para o Dieese, campanhas entre meados dos anos 1990 e início dos anos 2000 foram prejudicadas pelo baixo crescimento econômico
Para o Dieese, as campanhas salariais realizadas nos 16 últimos anos têm dois momentos distintos: uma conjuntura desfavorável até 2003, período marcado, na média, por baixo crescimento econômico e desemprego elevado, fatores negativos para a negociação. “De 2004 em diante, há uma reversão da tendência”, disse o coordenador de Relações Sindicais do instituto, José Silvestre Prado de Oliveira. Especificamente nos quatro últimos anos, quando o Dieese consolidou em 702 negociações o universo pesquisado, 91,3% dos acordos foram assinados com reajuste acima da variação do INPC. Na média, os aumentos reais atingiram 5,01%. O maior aumento médio foi do setor industrial (5,66%) e o menor, nos serviços (3,82%). O comércio atingiu 5,47%.

O Dieese lembra que nos últimos quatro anos o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 15,8% e o PIB per capita, 11,4%. Poucas negociações nesse período resultaram em ganhos equivalentes. “Em relação à variação do PIB no período, cerca de 3% das negociações analisadas tiveram aumentos reais iguais ou acima de 15,8%. Em relação ao PIB per capita, 9%.”

O secretário-geral da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Fequimfar, ligada à Força Sindical), Edson Bicalho, vê um cenário mais favorável para as campanhas salariais em 2012. “Houve no ano passado mais dificuldade por causa da inflação maior. Algumas categorias têm trabalhado na recuperação dos pisos salariais, impulsionados pelo aumento do salário mínimo”, lembrou. Segundo Silvestre, do Dieese, a inflação média em 12 meses ficou em 6,5% e 7% em 2011, ante 4,5% a 5% no ano anterior.

Já o secretário-geral da CUT de São Paulo, Rogério Giannini, considerou preocupante o resultado das campanhas no setor de serviços – pelo aumento da participação no PIB e em número de trabalhadores –, com quase um quarto dos acordos sem aumento real. Ele considera positivas algumas das medidas adotadas pelo governo para estimular a economia, mas disse esperar uma política mais incisiva em relação a câmbio e juros. “Entre o rentismo e a produção, queremos que o governo dê preferência à produção”, acrescentou o secretário-geral da CTB, Pascoal Carneiro.

O coordenador do Dieese avaliou que o resultado das negociações dos últimos anos sinaliza um novo momento. “Hoje você não discute a inflação. Você discute o patamar de ganho real”, disse. “Não tem nada no cenário que indique um recuo do ponto de vista dos ganhos reais”, acrescentou, referindo-se às campanhas deste ano.

A secretária de Estudos Socioeconômicos do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ana Tércia Sanches, acredita que o discurso da crise internacional estará presente nas mesas de negociação ao longo do ano, como argumento dos empresários para dificultar a concessão de reajustes. O que está em jogo, observou, é o desenvolvimento econômico e social do país.

Fonte: Rede Brasil Atual

22 de março de 2012

Juventude metalúrgica soma mais de 300 mil trabalhadores na base da CNM/CUT

 Por Leandro Soares

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT sempre teve ações voltadas para o coletivo de juventude. Antes da criação da secretaria de Juventude, em 2011, durante o 8º Congresso da CNM/CUT, era a secretaria de Políticas Sociais a responsável pelas atividades do grupo. Foi pelo aumento da demanda que surgiu a necessidade de criar uma secretaria, que se dedicasse exclusivamente às atividades da juventude metalúrgica.

Um dos grandes objetivos desse sistema organizacional é proporcionar aos jovens metalúrgicos ferramentas e meios para ampliar a geração de ideias e posicionamentos em relação às questões trabalhistas e, assim, atuarem como fomentadores de políticas públicas para setor metalúrgico e para o país.

Segundo dados do Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, subsede na CNM/CUT, os jovens metalúrgicos na base da CNM são em torno de 300 mil (até 29 anos). E são inúmeras as formas com que os jovens trabalhadores podem contribuir para as conquistas da categoria. As ações que envolvem os jovens metalúrgicos passam por temas como trabalho decente, saúde, OLT – organização no local de trabalho e qualidade de vida.

A atuação da secretaria de Juventude é no sentido de criar esses mecanismos de orientação nos coletivos dos sindicatos e federações. Toda essa discussão está dentro das fábricas. Através das atividades que a secretaria promove, como encontros, campeonatos de futsal (futebol de salão), encontros de rock e eventos culturais que resgatam a história do movimento sindical, aproximam ainda mais esses jovens trabalhadores. São atividades de interesse em comum e esse fator aumenta a afinidade entre o grupo.

Jovens metalúrgicos e a OLT
A experiência da secretaria de Juventude com as atividades em grupo revela que existe nesses jovens uma imensa necessidade de participação social. Muitas vezes esse sentimento fica sufocado pela simples falta de meios para poder se expressar. Motivados pelos encontros e pela devida valorização de suas necessidades, esses jovens dinamizam suas participações nas Cipas, ampliam as ações da OLT- Organização no Local de Trabalho no chão de fábrica e fortalecem as discussões do movimento nos sindicatos. Muitos se tornam militantes, pois obtém preparo inclusive para serem dirigentes sindicais.

Temos alguns exemplos dessas organizações em Sorocaba-SP e no ABC-SP, como as políticas voltadas para os jovens tem dado certo. A secretaria de Juventude da CNM/CUT já frutificou suas ações nos sindicatos, quando percebe o aumento do número de jovens metalúrgicos sindicalizados e a constatação da participação ativa do grupo no dia a dia dos sindicatos.

Em relação às políticas públicas, temos em nossa central de trabalhadores, CUT – Central Única de Trabalhadores, feito um grande trabalho de aproximação dos movimentos sociais. E tem apresentado resultados positivos. O tema juventude tem sido debatido amplamente e as propostas do grupo são apresentadas em congressos e encontros do movimento sindical.

A contribuição ativa dos jovens sindicalistas surge claramente com a criação da Secretaria Nacional da Juventude, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2005. Esta foi uma das ações diretas da juventude metalúrgica, que pelas propostas apresentadas nas conferências, mostrou ao governo a necessidade de se criar um meio de ampliar a participação da juventude brasileira nos debates.

O Estatuto da Juventude, Pro Uni e Pro Jovem - que proporcionou, principalmente, aos jovens carentes condições de ingressar em uma faculdade e terem o direito a formação universitária, são outras conquistas do movimento da juventude. Assim como, os intercâmbios, que proporcionam a troca de experiência entre os países e que muito contribui no conhecimento cultural e na realidade vivida em cada país.

Leandro Soares é secretário de Juventude da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT

21 de março de 2012

Fundo Juventude Urbana recebe inscrições para apoio a projetos

A ONU-HABITAT, através do Fundo Juventude Urbana, vai destinar um milhão de dólares para projetos liderados por jovens, de 15 a 32 anos, que estejam implementando projetos inovadores para geração de emprego, boa governança urbana, habitação e garantia de propriedade.

Cada projeto receberá até US$25.000 e as candidaturas podem ser feitas até 15 de abril. Todas as informações estão disponíveis no site www.unhabitat.org/youthfund.

Fonte: Portal Aprendiz

A Importância Estratégica da Juventude da ArtSind

Segue abaixo a contribuição da Juventude da ArtSind à tese da Articulação.

Por Thiara Nascimento

A Importância Estratégica da Juventude da ArtSind

Diante do aumento de jovens trabalhadores nas bases, é inegável a importância da formulação de políticas para a juventude. A construção de estratégias que atraiam os jovens para dentro dos sindicatos é fundamental para o fortalecimento, crescimento e sobrevivência da CUT. Visto que a atual geração juvenil, em sua maioria, não possui histórico de militância anterior à sua entrada no mundo do trabalho, os sindicatos representam o primeiro contato com uma organização política. Sendo assim, as políticas sindicais para a juventude devem envolver:

1- A Luta pelo Tempo Livre
A redução da jornada de trabalho implica no debate do que fazer com o tempo ganho. Diante da dificuldade de conciliar trabalho e estudos, a juventude trabalhadora gostaria de aproveitar o tempo ganho para se qualificar para o trabalho. Além de lutar para retardar a entrada da juventude no mercado de trabalho, devemos lutar para que o tempo livre da juventude trabalhadora seja aproveitado com a prática de esportes, lazer, atividades artísticas e culturais.

2- Saúde e Trabalho Decente
As maiores causas de afastamento do trabalho no Brasil são os acidentes, as LER e DORT e os transtornos mentais relacionados ao trabalho. Aproveitando-se do vigor da pouca idade e da vontade de construir uma carreira, os jovens submetem-se às metas e abusos patronais e acabam sendo as maiores vítimas dos acidentes e doenças provocadas pelo trabalho. A luta por trabalho decente deve aprofundar o debate específico sobre a saúde da juventude trabalhadora.

3- Uso de Novas Tecnologias da Informação
A luta pela democratização dos meios de comunicação deve ter recorte especial para a juventude pois, esta encontra-se cada vez mais conectada. Com a utilização das novas tecnologias da informação, como as redes sociais, adquirimos mais uma ferramenta para aproximar os jovens do movimento sindical. Devemos realizar mais seminários de capacitação para utilização política das redes sociais e participar de grupos de debates virtuais ficando as bandeiras da CUT nas redes sociais.

4- Implementação da Comissão Nacional de Cultura, Esportes, Artes e Lazer
Além da luta pelo tempo livre e por políticas públicas que possibilitem o desenvolvimento integral da juventude, deve fazer parte dos deveres da Comissão a organização de um grupo de trabalhadores e trabalhadoras artistas que encontram-se na informalidade, recorrendo a um segundo emprego para garantir sua sobrevivência. Bailarinos, pintores, arte-educadores, músicos, artesãos, trabalhadores ligados ao movimento Hip Hop recorrem a sindicatos (quando existem) apenas para adquirir o reconhecimento profissional, pois muitos desses sindicatos atuam como se fossem ordens de classe e não fazem a luta por direitos trabalhistas. Um amplo número de trabalhadores artistas, em sua maioria jovens, carece de orientação e organização sindical.

Incentivo aos artistas populares e à cultura regional
O mercado de trabalho para artistas é amplamente dominado pela grande mídia, que por sua vez, cobra pelo espaço oferecido. Dessa forma, artistas críticos do sistema capitalista e/ou que não tenham condições de comprar espaços não conseguem divulgar seu trabalho, restringindo-se a pequenos grupos e à divulgação nas redes sociais. Devemos lutar pela democratização e ampliação do mercado de trabalho para artistas.

5- Educação
Devemos estreitar relações com o movimento estudantil, elaborando pautas conjuntas em defesa da educação junto com os professores, beneficiando então, toda a classe trabalhadora.

6- Juventude e Desenvolvimento Sustentável
A Juventude da ArtSind luta pelo fim do capitalismo e pela preservação do meio ambiente, propondo-se construir com os outros movimentos juvenis alternativas de desenvolvimento sustentável que nos atenda. Já estamos participando do movimento Enlace das Juventudes defendendo a ampliação dos empregos verdes e o combate ao capitalismo verde.

7- Formação Política e SindicalProposta investir em formação específica para a juventude, visto que, os jovens trabalhadores e trabalhadoras, hoje, em sua maioria, não possuem histórico de militância anterior ao movimento sindical desconhecendo a trajetória da luta de classes.

8- Estreitar Relações com os Movimentos SociaisDevemos retomar o espaço da CUT com suas bandeiras nas ruas junto com os movimentos sociais, conscientizando as juventudes sobre a importância da organização sindical CUTista como instrumento de luta. Nos últimos anos, nossas bandeiras vermelhas estão cada vez mais escassas nas manifestações populares por moradia, combate ao racismo, dignidade LGBT, liberdade religiosa e etc. Sem consciência das alternativas, muitos jovens permanecem distantes da política, ingressam em partidos da extrema esquerda ou se tornam anarquistas. A reaproximação dos movimentos sociais é uma das maneiras de atrair jovens para o movimento sindical, mostrando que nossos debates não se limitam ao mundo do trabalho. As juventudes precisam enxergar que a CUT é um dos principais meios de organização da classe trabalhadora, não apenas por direitos trabalhistas, mas por soberania do povo brasileiro sobre a opressão capitalista.

9- Juventude do CampoA Juventude da Agricultura Familiar vive a dicotomia de permanecer no meio rural ou ir em busca de sonhos. Sonhos esses que são permanentemente confrontados com a dura realidade imposta ao meio rural. As ilusões semeadas no imaginário da juventude rural constroem alternativas que fazem buscar perspectivas de melhorias nas condições de vida fora do seio da agricultura familiar.

A luta da juventude rural deve ser assumida de fato pela CUT e temas como a sucessão na agricultura familiar não podem ser temas somente do ramo. Se a CUT tem clareza do importante papel da agricultura familiar na sociedade, não pode furtar-se ao debate e a permanência da juventude rural no campo é determinante para a continuidade da categoria.

Com essa clareza e ações que direcionem a CUT nesse sentido podemos aprofundar temas determinantes para tal, como: garantia de renda, lazer, cultura, educação, acesso à internet, políticas públicas e formação para lideranças.

20 de março de 2012

Rio+2.0: Jovens e mídias sociais serão destaques de Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável

Em um mundo cada vez mais interconectado, as mídias sociais têm desempenhado um papel na democratização da informação em todos os níveis. Em particular para os jovens, que dependem fortemente de redes sociais para se envolver com a vida política e econômica dos seus respectivos países.

Essas novas mídias sociais, que fazem parte da web 2.0, possuem essa força que vem moldando a nossa forma de comunicar, colaborar, mobilizar e participar – e serão sem dúvida essenciais para se alcançar um resultado mais transparente e inclusivo na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que acontecerá em junho no Rio de Janeiro.

Um exemplo desde poder foram as revoltas da Primavera Árabe, quase todas organizadas por essas novas mídias. Outro movimento importante também desencadeado pela web 2.0 foi o “Ocupe Wall Street” e todos movimentos dissidentes de contestação das injustiças sociais no mundo.

O Secretário-Geral da Rio+20,  Sha Zukang, ressaltou que “se queremos um futuro em que haja crescimento econômico, igualdade, inclusão social e sustentabilidade ambiental, as tecnologias de comunicação serão fundamentais. Devemos aos nossos jovens e nossos filhos um futuro de esperança, um futuro que todos nós queremos.”

As Nações Unidas, entendendo esse cenário, está presente nas principais mídias sociais. A página do Facebook em inglês (www.facebook.com/UNRioplus20) já possui quase 14 mil “curti”, enquanto que a página em português (www.facebook.com/ONURioMais20), criada no final do ano passado, já está alcançando quase 4 mil seguidores. O twitter internacional (@UN_Rioplus20) tem mais de 7 mil seguidores, enquanto que o perfil oficial em português (@ONU_RioMais20) está aproximando de 2 mil.

O site oficial já reuniu mais de 800 submissões de fotos compartilhadas que representam um estilo de vida sustentável, recebendo mais de 700 mensagens de apoio à Conferência. Além disso, mais de 3 mil internautas prometeram apoiar a Rio+20 com o Conte Comigo.

Mas o engajamento pelas mídias sociais não pode parar por aí. Seguir a Rio+20 no Facebook e Twitter é uma das maneiras mais seguras para se manter a par das informações mais importantes sobre a conferência, com atualizações diárias e cobertura completa da Rio+20. Com menos de 100 dias para o começo da Conferência, a ONU espera contar com a adesão de ainda mais pessoas, para juntos caminharmos para o futuro que queremos.

19 de março de 2012

Concurso de vídeo da OIT: Trabalho dececente para os jovens

Recado da Secretaria Nacional de Juventude da CUT

Companheiros e Companheiras,

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou um concurso de vídeo para jovens (entre 18 e 29 anos), onde três ganhadores serão convidados a ir a Genebra para participar do Fórum de Emprego Juvenil. 

Solicitamos para aqueles (as) interessados, que sigam atentamente as instruções, e nos informem sua participação.

Segue em anexo instruções e abaixo informe sobre o referido concurso

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Você tem dois minutos para nos contar sua história. Você pode fazer a diferença!

CONCURSO DE VÍDEO DA OIT
Trabalho Decente para os Jovens

No mundo, os jovens são três vezes mais propensos que os adultos a estarem desempregados. Muitos dos jovens trabalhadores trabalham em condições precárias.

Vamos fazer uma mudança!
Quais são suas experiências, reflexões e idéias?

Se tem entre 18 e 29 anos, faça sua voz ser ouvida enviando um vídeo. Os criadores dos 3 melhores vídeos serão convidados a Genebra para apresentá-los no fórum de Emprego Juvenil  em Maio de 2012.
Se não tem uma câmera... utilize seu celular!

Para participar: Poste seu vídeo no Youtube e envie o link para o Programa Emprego Juvenil através do youth@ilo.org antes de 10 de abril.

Para mais informações: www.ilo.org/concursodevideo

16 de março de 2012

Sindicalismo online

Na última semana, noss@s companheir@s Thiara Nascimento, secretária de Juventude da CONTAC/CUT e Wellington Damasceno, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC participaram do programa Clique e Ligue, da Rede TVT para falar sobre sindicalismo online.

Vale muito a pena assistir. Confira abaixo!

Parte 1


Parte 2


Parte 3

15 de março de 2012

Manifesto de Apoio ao Companheiro Paulinho - Secretário Nacional de Juventude da CUT

Por Thiara Nascimento

Apoiamos o companheiro Paulo Bezerra para ocupar a Secretaria Nacional de Juventude da CUT pelo excelente trabalho que realizou nos últimos anos na Secretaria de Juventude da CUT-PE, no Coletivo Nacional de Juventude da CUT e no Conselho Nacional de Juventude. Além de se mostrar capacitado para debater sobre juventude com a juventude trabalhadora, o companheiro se mostrou apto a debater com diversos movimentos juvenis, sendo elemento fundamental na construção de acordos que fortaleceram as propostas da CUT em espaços que anteriormente não eram ocupados pela juventude trabalhadora: como as Conferências de Juventude e o Conselho Nacional de Juventude. Articulando com outras juventudes, Paulinho levou as bandeiras da CUT para conhecimento de outros movimentos e agregou aliados.

Visto que os jovens de hoje cresceram em um período neoliberal, não possuem a cultura de combate ao capitalismo e não procuram se envolver em militância política. Sendo assim, a Secretaria de Juventude da CUT é estratégica para dialogar com as juventudes que ainda não entraram no mercado de trabalho e para a juventude trabalhadora. A CUT construiu sua história e força política em um período de grande enfrentamento e portanto, se tornou referência para a classe trabalhadora. Atualmente vivemos outra conjuntura e outros atores sociais estão fazendo a disputa por essas juventudes que parecem estar dispersas na cena política.

Independente de conjuntura, a CUT deve dialogar com toda a sociedade e orientar a classe trabalhadora para a luta por uma país justo e sem desigualdades. E esse diálogo não pode ignorar uma parcela ampla da sociedade: @s jovens. Sendo assim, consideramos que a linha política de uma secretaria tão importante deve ser orientada pela Articulação Sindical. O estágio de juventude é transitório e, por essa especificidade, não podemos desperdiçar o acúmulo de conhecimento sobre o debate juvenil. Não é fácil, nem rápido capacitar um jovem dirigente para assumir essa demanda e já que temos alguém capacitado, no campo da ArtSind, devemos aproveitar esse momento. Acreditamos que a Secretaria de Juventude da CUT não deveria constar da matemática que envolve contemplar estados e ramos, como já explicamos, é um período transitório na vida d@s dirigentes e não faz sentido que jovens dirigentes tenham que disputar indicações com dirigentes mais experientes.

O Coletivo Nacional de Juventude da Articulação apoia, sem restrições, o nome do companheiro Paulo Bezerra para a Secretaria Nacional de Juventude. Entendemos que ele é a liderança que levará as bandeiras da CUT para conhecimento de todas as juventudes brasileiras, fortalecendo os sindicatos e, por sua vez, a CUT.

Somos fortes, somos CUT e apoiamos Paulo Bezerra para Secretário de Juventude da CUT-Brasil.

Apoiam o companheiro Paulinho para a SNJ-CUT:


Thiara Nascimento – Secretária de Juventude CONTAC-CUT
Leandro Soares – Secretário de Juventude CNM-CUT
Luciana Chagas – Secretária de Juventude CUT-SP
Geralcino Teixeira – Químicos-SP
Adriana Magalhães – Bancários-SP
Giovane Midon – Secretário de Juventude CUT-MS
Max Pinho – Coordenador do Coletivo de Juventude Metalúrgica do ABC
Vinicius Sartorato

13 de março de 2012

Em entrevista, presidenta Dilma defende indústria nacional


Em entrevista concedida ao jornalista Luis Nassif, a presidenta Dilma Rousseff diz que a preocupação número um do governo, daqui para diante, será com o tsunami monetário e os riscos que traz para a indústria brasileira. “As condições do mercado mudaram”, avisa. "Se perguntar hoje qual é o maior cuidado do governo, respondo: é acompanhar como o Brasil se defende dessas políticas que são abertamente protecionistas praticadas pelos governos desenvolvidos".

Para ler a entrevista completa, clique aqui.

Juventude metalúrgica da CUT na TVT

Vejam a matéria que o nosso companheiro Wellington Damasceno produziu para o Seu Jornal, da Rede TVT!

9 de março de 2012

Juventude metalúrgica discute plano de ação para atuar nos sindicatos e nas políticas públicas

Encontro do Coletivo Nacional de Juventude da CNM/CUT define estratégias para potencializar as ações do grupo nos sindicato e oferecer sugestões para as políticas públicas do país

Coletivo de Juventude reunido na sede da CNM/CUT, em São Bernardo
Ampliar a participação dos jovens metalúrgicos no movimento sindical e levar o debate da categoria além do âmbito sindical, colaborando com as políticas públicas em todas as regiões do país. Esses foram alguns dos temas discutidos no encontro do Coletivo Nacional de Juventude da CNM/CUT, dia 8, na sede da CNM/CUT, em São Bernardo do Campo – SP.

O secretário-geral da CNM/CUT, João Cayres abriu o encontro e destacou a importância da participação da juventude metalúrgica no movimento sindical. “É fundamental que essa juventude tenha o foco na organização no local de trabalho, na democratização do sindicato com a inclusão de gênero, raça e a juventude. E também a inserir os jovens nas Comissões de Fábrica e nos quadros da CIPA”, ressaltou Cayres.

A partir deste ano, a atividade dos cursos de formação da CNM/CUT vai ampliar a participação dos sindicalistas com a inclusão de gênero, raça e juventude. A secretária de Formação da CNM/CUT, Michele Ciciliato disse que esta é a nova estratégia da entidade. “Vamos potencializar esses temas nos sindicatos e agilizar os cursos de formação”, destacou a dirigente.

“A secretaria da juventude quer expandir a experiência adquirida para todo o país. Vamos levar o conhecimento dos jovens de São Paulo, para debater esses temas nos sindicatos dos outros estados. Queremos compartilhar as ideias aqui desenvolvidas pelo grupo, para disseminar nas bases, nas políticas públicas e conferências de juventude”, afirmou o secretário de Juventude da CNM/CUT, Leandro Soares.

Leandro agradeceu ainda a colaboração e participação do companheiro Paulo de Souza – Paulinho, da CUT de Pernambuco, da companheira Thiara Nascimento, secretária de Juventude da CONTAC- Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Geralcino Teixeira, do Sindicato dos Químicos.

Participaram do encontro 17 sindicalistas representando Sindicatos e Federações de todo o país.

Fonte: CNM/CUT

7 de março de 2012

2º Encontro da Juventude Metalúrgica da CNM/CUT vai discutir as ações do coletivo

Nesta quinta-feira (8), o Coletivo Nacional de Juventude da CNM/CUT vai fazer um balanço das atividades do grupo desde sua criação, em 2011. O encontro terá início às 9h, na sede da CNM/CUT, em São Bernardo do Campo - SP

Além de um balanço das atividades desenvolvidas no período, os representantes do Coletivo Nacional de Juventude da CNM/CUT irão debater sobre os meios de ampliar a participação dos jovens metalúrgicos nas ações sindicais.

Leandro Soares, secretário de Juventude da CNM/CUT
 Para o secretário de Juventude da CNM/CUT, Leandro Soares “a motivação dos jovens é diferenciada e precisamos usar a mesma linguagem para melhorar o entendimento. É importante esclarecer para os jovens sobre a história do movimento sindical, suas lutas e conquistas, para poder criar uma rede de participação da juventude metalúrgica no ambiente de trabalho”, explica o dirigente.

Para facilitar a comunicação dos cerca de 15 dirigentes que participam do coletivo, em 2011 foi criado este blog, que recentemente passou por uma reformulação e o objetivo é de que esse meio de comunicação seja atualizado com maior frequência.
"Vamos pedir aos companheiros que divulguem nosso blog para que todos possam contribuir com sugestões, textos, vídeos e fotos. Para isso, é só entrar em contato através do e-mail: juventude.cnmcut@gmail.com" esclarece Leandro.

Juventude metalúrgica

A CUT considera juventude os trabalhadores com idade até 35 anos. Dos 2,5 milhões de metalúrgicos no Brasil, cerca de 300 mil são jovens e da base da CNM/CUT.

Fonte: CNM/CUT

Conjuve prorroga inscrições da eleição de representantes

O Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), por meio da Resolução nº 03/2012, prorroga até 12 de março (segunda-feira) o prazo limite das inscrições de representantes da sociedade civil para processo eleitoral do Conselho.

Outra alteração diz respeito às datas de publicação no Diário Oficial da União. A lista prévia das candidaturas habilitadas será publicada no dia 20 de março e a publicação do resultado final, após os recursos, no dia 4 de abril. Com essas mudanças, a Assembléia de Eleição está marcada para o dia 12 de abril.

A eleição destina-se aos membros da sociedade civil. Poderão se candidatar movimentos, associações ou organizações da juventude de atuação nacional; fóruns e redes de juventude, além de entidades de apoio às Políticas Públicas de Juventude. Cada organização concorrerá a uma única cadeira e somente em uma das três categorias previstas.

Leia resolução na íntegra

Fonte: CUT

6 de março de 2012

Juventude da FEM parabeniza encontro “Filhos da Luta”

O secretário de Juventude da FEM/CUT-SP, Luciano da Silva, o “Tremembé”, participou na tarde do último sábado, dia 3, do encontro “FILHOS DA LUTA", no diretório do PT em São Bernardo do Campo.

A atividade, organizada pela Juventude Metalúrgica do ABC (JMABC), Juventude do PT São Bernardo do Campo (JPT-SBC) e Pastoral da Juventude (PJ), teve como objetivo resgatar, por meio de relatos dos convidados, a organização e as lutas dos trabalhadores e da população nas décadas de 80 e 90.

Djalma Bom, Márcio Pimentel – Perneta, Max Pinho, Luciano Tremembé
 e Zé do Mato, durante encontro da Juventude no ABC
O evento teve participação especial do fundador do PT Djalma Bom, do assessor e militante da Pastoral da Juventude Renato Souza, e do representante dos trabalhadores da Mercedes Benz nas décadas de 80 e 90 Zé do Mato.

Tremembé parabenizou a organização do evento. “Quero dar os parabéns para os organizadores, especialmente para Max Pinho, coordenador da Juventude do ABC, que tem realizado um ótimo trabalho. É importante para a Federação acompanhar as ações de todos os sindicatos. Fico feliz de vez cada vez mais atos pela promoção da consciência política nos jovens.”

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba

Jovens são quase 24% dos trabalhadores pobres do mundo, mostra relatório da ONU

Os jovens são quase 24% dos trabalhadores pobres no mundo, somando 152 milhões de pessoas. É o que mostra relatório sobre a situação mundial dos jovens no mundo do trabalho feito pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas e divulgado em fevereiro.

No caso dos trabalhadores não considerados pobres, ou seja os que vivem com mais de US$ 1,25 por dia, os jovens representam 18,6% do total. Com menor crescimento da economia global, a juventude tem enfrentado dificuldade para conseguir uma vaga de trabalho.

Mesmo entre os que têm emprego, muitos relataram enfrentar longa jornada de trabalho, instabilidade, poucas oportunidades para avançar na carreira, não ter benefícios de saúde e trabalham na informalidade. Por isso, não conquistam a independência financeira e nem conseguem complementar a renda familiar. Outros disseram que sequer conseguem emprego de meio período para custear os gastos com os estudos.

O documento também apontou o problema do desemprego da população jovem no Oriente Médio e na África. Em 2010, o percentual de jovens sem trabalho nessas duas regiões era 25,5% no Oriente Médio e 23,8% no Norte da África.

O relatório diz ainda que os jovens apostam na tecnologia da informação e desenvolvimento sustentável (empregos verdes) como áreas que oferecem uma melhor condição de trabalho nos próximos anos. Eles também pedem um sistema educacional de melhor qualidade e com facilidade de acesso e sugerem aos governos que implantem programas de estágios em grandes companhias privadas para a qualificação e inserção no mercado de trabalho.

As Nações Unidas ouviram jovens e representantes de organizações da sociedade civil por meio das mídias sociais para elaborar o relatório. Foram 1,1 mil opiniões, sugestões e recomendações recebidas durante quatro semanas, em outubro do ano passado.

Fonte: Agência Brasil