21 de agosto de 2012

1º Encontro de Hip Hop da Juventude Metalúrgica do ABC

Veja aqui como foi o evento que reuniu a juventude metalúrgica na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC no domingo (19).

Contracs realizou Encontro Nacional da Juventude

Evento reuniu jovens para debater estratégia e organização

Nos dias 16 e 17 de agosto, a Contracs – Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT realizou o Encontro Nacional da Juventude, em Brasília. Ao todo, 42 jovens do ramo debateram sobre diversos temas que envolvem a organização e as estratégias da juventude trabalhadora.

Entre os participantes estavam entidades filiadas à Contracs da Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. 

Debates

A primeira mesa abordou o Estatuto da Juventude com o representante da Secretaria Nacional de Juventude do Governo Federal, Bruno Elias, que abordou os avanços e esforços da secretaria para melhorar o texto do Projeto de Lei 4529/2004 – Estatuto da Juventude, que estabelece direitos para a juventude brasileira. Elias ainda destacou a interlocução governamental junto os movimentos juvenis.

Já o secretário de juventude da CUT-DF, Douglas de Almeida Cunha - que também participou da primeira mesa – destacou os avanços do estatuto e a necessidade do envolvimento do movimento sindical para sua aprovação. Desta forma, Cunha orientou que todos os participantes dialoguem com os deputados federais de seus estados na busca da aprovação do Estatuto da Juventude.

A mesa de Empregabilidade e Desemprego Juvenil contou com a participação de Roberto González, coordenador de Trabalho, Renda e Educação da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada (IPEA), que apresentou os dados do desemprego na juventude.

González explicou que para a juventude, os postos de trabalho são, em sua maioria, precários, com baixos salários, extensas jornadas e, por isso, tem uma grande rotatividade.

Já na mesa de Raça e Juventude, Júlia Reis, Secretária Nacional de Combate ao Racismo da CUT iniciou sua fala afirmando que o comércio ainda esconde atrás dos anúncios de “boa aparência” a discriminação racial e a exclusão dos negros/as . Júlia, ainda destacou o fato de que os trabalhadores negros ainda ganham salários menores do que os trabalhadores não negros.

O debate sobre Estratégias Sindicais para a Juventude contou com o Secretário Estadual de Juventude no Distrito Federal, Douglas de Almeida Cunha. Para ele, o debate desta temática deve ser permanente nas entidades sindicais, onde deve se incluir as estratégias necessárias para a inclusão dos jovens. Cunha destacou que os jovens trabalhadores devem ocupar cargos importantes nas entidades sindicais para que as políticas diferenciadas para os jovens possam ser pensadas.

Cunha explicou que a abordagem com os jovens tem que ser diferenciada, pois o modelo atual não atinge os jovens. Para o secretário, as redes sociais são uma ferramenta a mais de luta, mas ressalta que elas não solucionam o distanciamento.

O Encontro também debateu a Formação da CUT para a Juventude, com a participação do companheiro Adriano Soares, assessor da Secretaria Nacional de Formação da CUT,  explicando que a demanda da juventude foi organizada em três eixos sendo: Organização, Comunicação e Formação. Na formação, a juventude incluída como prioridade, está inserida na política de Formação de formadores, nos módulos do ORSB (Organização e representação Sindical de Base), nos cursos DPPAR (Desenvolvimento, Políticas Públicas e Ação sindical) e ainda nos cursos sobre negociação e contratação coletiva. 

No debate sobre as Redes Sociais, Alex Capuano, assessor da Secretaria Nacional de Comunicação da CUT, apresentou dados importantes sobre os detentores da mídia no Brasil, e a importância do movimento sindical se utilizar das redes sociais para as mobilizações. Coloca que devemos se utilizar das Tecnologias da Informação para se conquistar “mentes e corações”. Citou vários exemplos possíveis, como games ativistas, o uso do Youtube para transmitir ao vivo atividades, Rádios Web e em especial criar redes sociais próprias.
Conclusão

Por fim, os participantes se reuniram para elaborar estratégias e ações para a Secretaria da Juventude da CONTRACS/CUT, no qual levantaram a necessidade da realização de mais encontros do ramo e ainda a potencializar a comunicação da secretaria.

Fonte: Contracs

Secretário da Juventude da CUT/MG é eleito para Secretaria Geral do Conselho Municipal de Saúde em BH

Ederson Alves da Silva reafirma a bandeira da Central de defesa do SUS de qualidade para toda a população

O secretário da Juventude da CUT/MG, Ederson Alves da Silva, foi eleito para ocupar a Secretaria-Geral do Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte. Ele foi escolhido pelos conselheiros usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) na capital mineira.

De acordo com Ederson Alves, a eleição demonstra a confiança dos usuários do SUS de BH e é fruto do trabalho da CUT/MG dentro do conselho. A Central tem como uma de suas bandeiras a defesa de um Sistema Único de Saúde de qualidade para toda a população.

Fonte: CUT-MG

13 de agosto de 2012

Por políticas públicas, jovens ocupam às ruas de São Paulo no Dia Internacional da Juventude

Ato da CUT-SP e dos movimentos sociais levantou bandeiras de luta como trabalho decente e acesso à educação 

O secretário de Juventude da CNM/CUT, Leandro Soares, participou do ato


A juventude da CUT-SP e dos movimentos sociais percorreram as ruas do centro paulistano na tarde desta sexta-feira (10) ao som da percussão do grupo Batukai, levantando bandeiras e reivindicando principalmente trabalho decente e acesso à educação no estado de São Paulo, entre outros direitos dos trabalhadores e trabalhadoras jovens.

O Dia Internacional da Juventude é oficialmente no dia 12 de agosto, mas na avaliação dos vários dirigentes sindicais e representantes dos movimentos juvenis não há o que comemorar no estado de São Paulo diante do sucateamento da educação, do transporte público e das políticas públicas.

 “A grande prioridade para a juventude é um trabalho decente, que atenda às necessidades dos jovens para que ele se sinta sujeito de direitos, que faça parte da sociedade, e possa se autossustentar. O trabalho tem que permitir que o jovem continue seus estudos porque não é possível abrir mão da educação”, afirmou Luciana Chagas, secretária de Juventude da CUT-SP.

Os participantes ressaltaram que os/as jovens estão entre as principais vítimas do emprego precário, muitas vezes sem direitos trabalhistas e enfrentando longas jornadas, como é o caso dos empregados na rede de fast food McDonald’s.

A dificuldade de acesso à educação pública de qualidade é outro grave problema que afeta a juventude, sem contar o desafio de conciliar trabalho, estudos e vida familiar. A ausência de políticas públicas para os/as jovens no governo estadual é unânime entre as lideranças, além do alerta para o aumento da criminalidade juvenil.

Para a secretária de Juventude da CUT-SP, “o governo não tem feito sua parte, não tem interesse e não vê a juventude como o futuro, haja vista o número de jovens que estão entrando na criminalidade. Estes jovens nada mais são do que vítimas do sistema no qual vivemos”, afirmou. “Não basta só a polícia chegar, abordar da forma agressiva como vem fazendo e violentando essa juventude. É preciso que o governo estadual tenha o olhar de um projeto social, de políticas públicas para que estes jovens sejam resgatados do mundo do crime”, critica a dirigente.

Preconceito x identidade juvenil– O preconceito da sociedade é outra questão que afeta os/as jovens – o preconceito racial, sexual e da própria identidade visual da juventude.

Paloma dos Santos, do Sindilimpeza e coordenadora de Juventude da CUT na Subsede Baixada Santista, destaca que os jovens trabalhadores e trabalhadores precisam ser mais respeitados e que merecem mais oportunidades de emprego. “O jovem está preparado, mas não tem oportunidade de trabalho, principalmente os negros, os homossexuais e os jovens deficientes físicos. O jovem quer emprego e não pensa só em drogas, em baladas, em violência. Os jovens são trabalhadores, eles fazem política, estudam e só querem oportunidade de trabalhar”, aponta a dirigente cutista.

Segundo Vitor Hugo Gomes, da União Paulista dos Estudantes Secundaristas, “estudar e trabalhar já é um grande problema aqui no estado de São Paulo porque as famílias não tem renda suficiente para se sustentar e isso obriga a começar a trabalhar cada vez mais cedo. Eu uso brinco alargador e há preconceito contra isso, o que prejudica muito o jovem que quer trabalhar”, relata o estudante.

Juventude é responsável pela renovação da sociedade

Durante o ato do Dia Internacional da Juventude, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, deixou claro que a Central tem prioridade na renovação do movimento sindical cutista. Ele afirmou que é preciso facilitar a entrada do jovem militante nas estruturas sindicais “para arejar os debates, trazer formulações diferentes das que existem porque o papel da juventude é trazer novidade e renovação”

Sobre o papel na sociedade, Freitas avalia que o Brasil não tem condição e nem espaço para o desenvolvimento da juventude. “Não há espaço para as questões da educação, da cultura, do lazer, do esporte. Não há espaços onde a juventude possa exercer sua criatividade e transformar isso em organização social”.

Freitas também chamou atenção para os perigos do conservadorismo. Ele afirmou que “o estado brasileiro está envelhecido hoje, está ‘careta’. A sociedade está muito preconceituosa e tomando traços muito conservadores. Cada vez que se debate temas que não são os tradicionais, em geral, o que acontece é um repúdio muito grande pela sociedade”

Outra preocupação apontada pelo dirigente é o afastamento da política. Segundo o presidente da CUT, “é vendida para a juventude a ideia de que a atuação individual resolve os problemas. A não participação em partidos políticos, em sindicatos, é um problema muito grande para nós porque não conseguimos ver renovação nestas estruturas. Os partidos e sindicatos são estruturas coletivas,  não são individuais, e têm que ter a participação da juventude”, ressaltou Freitas.

Fonte: CUT-SP