18 de março de 2013

Em audiência pública, CUT e movimentos cobram aprovação do Estatuto da Juventude


Projeto deve ser votado no final de março na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Jornada Nacional de Lutas ampliará pressão sobre o Congresso e parlamentares

Na última terça-feira (12), por requerimento do senador Paulo Paim (PT-RS), a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado realizou uma audiência pública para debater o projeto (PLC 98/2011) sobre o Estatuto da Juventude.

O projeto, com normas e diretrizes para uma política específica aos jovens brasileiros, foi amplamente discutido entre as entidades que compõem o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), construindo um consenso no relatório que o senador Paulo Paim deverá apresentar à Comissão de Assuntos Sociais.

Veja a notícia completa no site da CUT.

8 de março de 2013

'A mulher é capaz de fazer o que quiser', diz mecânica na Paraíba

Darling dos Santos relata que precisou superar desconfiança por ser mulher. Jovem de 24 anos trabalha como mecânica industrial em Santa Rita


Darling é a única mulher no setor de mecânica da Cosibra na Paraíba (Foto: André Resende/G1)
“O preconceito só pode ser quebrado quando mais mulheres perceberem que são capazes de fazer o que quiserem, independente do que for”. Darling dos Santos Silva é a prova deste ensinamento que ela faz questão de pregar. A paraibana de 24 anos trabalha há 4 anos como mecânica industrial na Cosibra, empresa de produção de sisal situada em Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa. A mecânica trabalha em um setor predominantemente masculino e ocupa a função de soldadora, fato inédito no setor industrial da Paraíba.

Darling dos Santos explica que precisou superar o preconceito, a desconfiança e as próprias limitações para conseguir alcançar o objetivo que ela mesma traçou para si. “Não diria que fui vítima de discriminação. Fui bem recebida pelos meus colegas de trabalho, mas é óbvio que você nota uma certa desconfiança. Precisei me impor, como profissional, com respeito e dedicação tive tempo para mostrar meu trabalho”, comentou.
 
Casos como o Darling dos Santos são uma pequena amostra do aumento do número de mulheres no mercado de trabalho de todo o Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estátistica (IBGE). Conforme dados do Censo 2010 divulgados em dezembro de 2012, o número de mulheres ocupadas cresceu cerca de 24% em 10 anos.
 
Ainda conforme os dados do IBGE, as mulheres também têm o maior percentual com nível superior entre a população ocupada, cerca de 19,2%, em comparação com os homens, que é de 11,5%. Mesmo assim, o percentual de mulheres no mercado de trabalho brasileiro ainda é menor que o masculino. De acordo com o último Censo, cerca de 63% da população ocupada no país ainda é de homens.
 
Superando preconceitos e temores
 
Antes de vencer qualquer preconceito que eventualmente existisse entre os colegas, Darling dos Santos relata que precisou primeiro superar o temor da própria mãe. Segundo ela, a mãe temia que pudesse existir algum tipo de assédio por conta do ambiente predominantemente masculino.

“Minha mãe tinha receio, achava que eu fosse sofrer com o preconceito, que fosse passar por algum tipo de situação complicada ou constrangedora. Mas só tenho a elogiar meus colegas, sempre tive a ajuda de todos quando precisei e nunca passei por nenhuma situação mais constrangedora. Tive que aprender, por recomendação da empresa e por alertas da minha mãe, a me impor como uma profissional e como mulher”, relata.

De acordo com Roberta Viana, coordenadora do setor de Recursos Humanos da Cosibra, empresa que emprega Darling, foi preciso uma reunião com os colegas de trabalho antes de contratar a primeira mulher para o setor de mecânica. “Tivemos que orientar os funcionários sobre a presença de Darling. Ela sempre se mostrou uma profissional dedicada e qualificada, era do nosso interesse fazer com que Darling fosse efetivada, mas para evitar qualquer problema, tivemos que ter um cuidado redobrado na admissão”, contou Roberta Viana.
 
Paixão pela mecânica
 
Segundo Darling, a princípio não havia nenhum interesse em superar preconceitos. Ela conta que estava cansada de trabalhar com vendas e tinha interesse em fazer um curso profissionalizante. Então decidiu procurar o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), e por uma influência indireta da família, tendo em vista a ocupação de mecânico automotivo do pai e do irmão, escolheu o curso de mecânica industrial.
 
“Eu já conhecia a mecânica por conta do meu pai. Então escolhi mecânica industrial, porque já tinha certa intimidade, vendo meu pai trabalhar. Nem levei em consideração que esta sempre foi uma área com muito mais homens que mulheres. Logo depois comecei a estagiar na Cosibra, e em seguida fui efetivada como a primeira mulher da área da mecânica na empresa. Acabei servindo de exemplo, de incentivo para muitas pessoas”, completou.
 
Segundo a mecânica, com o passar dos anos o interesse pela área foi aumentando, tanto que logo após término do curso de Mecânica Industrial no Senai, ela concluiu os cursos de especialização em solda e ingressou no curso técnico de Mecânica no Instituto de Tecnologia da Paraíba (IFPB). Para superar os desafios, Darling dos Santos afirma que é preciso primeiramente não desistir nunca de seus objetivos.
 
“É preciso ter coragem, dedicação e superar as perspectivas que as pessoas tem das mulheres. Não existe mais função exclusiva para homens ou para mulheres. A mulher moderna sabe que pode chegar onde ela quiser, basta acreditar”, concluiu.
 
Fonte: G1

5 de março de 2013

Março: Juventude nas ruas para avançar em direitos

Por: Alfredo Santos Júnior, secretário Nacional da Juventude da CUT
 
As transformações sociais que queremos em nosso país virão somente a partir de muita mobilização nas ruas. É com esta convicção que as ações da Juventude da CUT são orientadas e que nos dá base para afirmar que março será um mês decisivo para avançar em conquistas para a juventude trabalhadora brasileira.

No começo do mês, de 04 a 08 de março será realizado o 11º Congresso Nacional da Contag. São esperados cerca de 2500 delegados/as ao Congresso, no qual se debaterá a conjuntura nacional, focando nas políticas voltadas ao campo e as estratégias de organização sindical. O engajamento da juventude do campo nos debates de enfrentamento ao agronegócio, e de renovação no movimento sindical permeará todo o Congresso, e merece atenção de toda militância CUTista. Lutar por políticas que possam permitir à juventude brasileira o direito de permanecer no campo é uma tarefa não somente daqueles/as que sofrem com a falta de políticas públicas no campo, mas sim de todos/as que buscam construir um desenvolvimento sustentável em nosso país, com distribuição de renda e direitos garantidos.

No dia 06 de março, as atividades do Congresso da Contag se unificarão com a Marcha das Centrais Sindicais e dos movimentos sociais. Os eixos da marcha são: desenvolvimento, cidadania e valorização do trabalho. Entre as reivindicações estão a redução da jornada de trabalho para 40h sem redução de salários; igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho; e a destinação dos 10% do PIB para educação.

A Juventude CUTista estará nas ruas lutando para que a valorização do trabalho esteja no centro do modelo de desenvolvimento com fortalecimento do Estado,  assim como pela radicalização da democracia em todos os espaços, desde as diferentes esferas de governo, até os locais de trabalho. A Plataforma da Classe Trabalhadora, construída pela CUT, expressa o modelo de desenvolvimento que seguimos defendendo desde as grandes mobilizações de rua, passando pelas negociações com as empresas e com o poder público, até os debates nos locais de trabalho. Esse modelo que defendemos combina crescimento econômico, valorização do trabalho e radicalização da democracia.

Logo após a Marcha das Centrais, teremos as atividades do dia Internacional de Lutas das Mulheres, o 8 de março. As mulheres estarão nas ruas por autonomia e igualdade; Por salário igual para trabalho igual, já que não existe nada, além do machismo estruturante em nossa sociedade, que justifique que os salários das mulheres sejam menores que o dos homens. Na pauta estarão ainda a luta por creches públicas; pela ampliação da licença maternidade e paternidade, ambas para seis meses; pelo fim da violência contra as mulheres, por uma reforma política que incorpore as mulheres nos espaços de poder; e pela autonomia destas sobre seus corpos e suas vidas. A igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho é pauta fundamental da CUT.

Dia 21 de março, é o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. Sabemos o quanto a discriminação racial ainda é estruturante de nossa sociedade, e que, combinada com a discriminação de gênero se fazem cotidianamente presentes na juventude trabalhadora deste país. Ainda que tenha acessado novos postos de trabalhos, a população negra jovem assumiu as vagas mais precarizadas e se manteve como a maioria entre os trabalhadores/as em regime de informalidade, assim como a maioria entre os que estão em situação de desemprego. Além disso, a juventude negra é o principal alvo da violência em nosso país. Os homicídios são hoje a principal causa de morte de jovens de 15 a 29 anos no Brasil e atingem especialmente jovens negros do sexo masculino, o que nos permite afirmar que vivemos em uma realidade de um verdadeiro extermínio da nossa juventude negra. Dizemos basta ao genocídio da juventude negra. Lutamos por uma sociedade livre do machismo e do racismo, e por isso nos somaremos a mais estas mobilizações que irão ocorrer marcando esta data.

O final de março será marcado pelas atividades de ruas da Jornada Nacional de Lutas da Juventude Brasileira. Construção histórica inédita, esta Jornada unificada vem aglutinando uma imensa diversidade de movimentos juvenis que querem reformas estruturais em nosso país, que garantam um projeto de desenvolvimento social e que abram caminhos ao socialismo. O manifesto da Jornada afirma que esta juventude está em luta “por um desenvolvimento sustentável, solidário, que rompa com os valores do patriarcado, que assegure o direito universal à educação, ao trabalho decente, à liberdade de organização sindical, à terra para quem nela trabalha e o direito à verdade e à justiça para nossos heróis mortos e desaparecidos.”

As bandeiras de luta da Jornada estão organizadas em cinco grandes eixos que reivindicam: trabalho decente para a juventude; democratização da comunicação; reforma agrária; combate ao extermínio e violência contra a juventude negra; aumento de investimentos públicos para educação brasileira.

Serão milhares de jovens das principais cidades brasileiras que sairão as ruas para afirmar as necessidades de mudanças e de avanços em direitos para a juventude. Para a CUT, será um momento no qual poderemos avançar na disputa de consciência da juventude,  e rumo a conquistas de pautas concretas, como a aprovação da destinação dos 10% do PIB para educação pública e do Estatuto da Juventude. Fundamentais para a garantia e ampliação de direitos, o Estatuto e os 10% do PIB serão destaques nas manifestações da Jornada da Juventude, especialmente no dia 27/03, em Brasília.

A Juventude tomará as ruas de norte a sul do Brasil. A CUT convoca todos e todas a se somarem a estas lutas. Será através destas mobilizações que avançaremos na disputa de hegemonia da sociedade e que poderemos cumprir o papel histórico desta nova geração de militantes: aproveitar o cenário positivo que ajudamos a construir na última década para conquistar direitos e realizar as necessárias reformas estruturantes do nosso país.

Todos e todas às ruas! Somos Fortes, Somos CUT!

1 de março de 2013

Por mudanças estruturais e avanços em direitos, juventude vai às ruas

Em encontro inédito e plural, movimentos constroem as bases para a Jornada Nacional de Lutas da Juventude
 
Um encontro inédito de dimensões históricas para a sociedade brasileira. Assim, mais de vinte movimentos que organizam a juventude no Brasil reunidos no Sindicato dos Químicos de São Paulo aprovaram e lançaram o Manifesto que balizará as ações da Jornada Nacional de Lutas da Juventude Brasileira.
 
Para ler a matéria completa, acesse o site da CUT, clicando aqui.