23 de julho de 2013

Educação é prioridade para 85,2% dos jovens brasileiros

Trabalho e transporte de qualidade também fazem parte da lista de preocupações da juventude
 
A maior preocupação dos jovens é a qualidade da educação. Os adultos, no entanto, colocam a saúde em primeiro lugar. Essa é uma das conclusões do estudo Juventude que conta, apresentado durante coletiva de imprensa no auditório do Ipea, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, 22. Na sondagem, foram ouvidas 11.430 pessoas, durante o mês de maio, antes das manifestações populares que tomaram as ruas do país.
 
85,2% dos jovens dão mais importância à educação, resultado 4,75 pontos percentuais superior ao registrado entre os não jovens. Eliminação do preconceito, melhores oportunidades de trabalho e melhoria nos transportes são outras preocupações assinaladas pelos entrevistados, com idades entre 15 e 29 anos. Para 63,5% dos jovens, ter um governo honesto e atuante também é uma das prioridades. O trabalho, realizado nos moldes do questionário My World, da Organização das Nações Unidas (ONU), foi divulgado pelo presidente do Instituto e ministro-chefe interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Marcelo Neri, e pelo subsecretário de Ações Estratégicas, Ricardo Paes de Barros, às vésperas da Jornada Mundial da Juventude.
 
Neri apontou as características gerais comparativas do crescimento e tendências da população jovem no Brasil e no mundo. “Hoje, são 51 milhões de jovens no Brasil, representando 26% da população total”, afirmou. Mas, segundo ele, a tendência é que a população jovem brasileira apresente uma queda mais acentuada em relação ao resto da América Latina, porém, menos intensa se a comparação for feita com a China.
 
De acordo com o presidente do Ipea, essa população pode ser dividida em três grupos: o jovem-adolescente (15 a 17 anos), representando 20% do total, com 10 milhões de pessoas; o jovem-jovem (18 a 24 anos), 45% do total e 23,1 milhões; e o jovem-adulto (25 a 29 anos), 35% dos jovens, totalizando 17,5 milhões.
 
O estudo informa que o número de jovens permanecerá estagnado por 20 anos, de 2003 a 2022, com pouco mais de 50 milhões de pessoas. Esse período é denominado por Neri como o “platô da juventude” e será sucedido por um período de contração da população, com redução de 12,5 milhões entre 2023 e 2042.
 
“Ao final desse século, a juventude será 60% da que temos hoje”, afirmou Paes de Barros em sua apresentação. “Hoje temos a maior juventude da história, foi a maior pré-juventude e será a maior força de trabalho relativa e absoluta, mas não será a maior população idosa”, enfatizou. Para o subsecretário da SAE, a maior população idosa será composta pelos filhos destes jovens, por causa da redução na taxa de mortalidade.
 
Fonte: Inesc

Nenhum comentário:

Postar um comentário