17 de setembro de 2013

Oficina de preparação do Projeto Juventude da CUT em Ação aconteceu em Belo Horizonte

Projeto visa avançar na organização da juventude CUTista com a expectativa de formar mais de 2 mil dirigentes e militantes sindicais
 
Avançar na organização da juventude CUTista por meio da formação de jovens dirigentes e militantes sindicais, eis o principal objetivo do “Projeto Juventude da CUT em Ação”, que integra a estratégia da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) da Central Única dos Trabalhadores. Para alcance desse objetivo, as Secretarias Nacionais de Juventude e Formação reuniram coordenadores e educadores das Escolas Sindicais e secretários/as de juventude das Estaduais da CUT, entre os dias 11 e 13 de setembro, na Escola 7 de outubro, em Belo Horizonte-MG.

A problematização sobre o conceito de juventude abriu a Oficina de preparação do Projeto Juventude da CUT em Ação, no dia 11. Para o professor Geraldo Leão, Faculdade de Educação e do Observatório da Juventude da UFMG, palestrante convidado, a juventude é uma construção histórico-social da modernidade que perpassa por um processo social de “reinvenção”.
 
Tal processo de “reinvenção” deve considerar a condição juvenil brasileira num contexto marcado pela inserção precária no mundo do trabalho e pelo forte apelo à individuação, que atribui ao indivíduo jovem o papel exclusivo na obtenção de “sucesso” no projeto de vida, afirmou Geraldo. Ele ainda apontou pistas para a construção de uma pedagogia da juventude, cujos princípios evidenciam identidade com a concepção metodológica e Política Nacional de Formação da CUT, como apontou o debate realizado.
 
Mesmo assim, o desafio de formar jovens dirigentes e militantes sindicais não é uma tarefa fácil. Alfredo Santos Jr., secretário nacional de juventude da CUT, ao apresentar a estratégia da SNJ, enfatizou a formação da juventude CUTista como uma das ações prioritárias da CUT para o período de 2013-2015. Segundo Alfredo, pretende-se que essa formação alcance mais de 2 mil jovens trabalhadores/as no Brasil e contribua para a conquistas de direitos no campo das políticas públicas, sobretudo para a juventude rural, e nas negociações coletivas entre sindicatos e patrões, potencializando, assim, a Jornada da Juventude da CUT.
 
Não se está partindo do zero. Os acúmulos do Projeto Promoção da Juventude Sindical foram resgatados por Adriano Soares, assessor da Secretaria Nacional de Formação da CUT (SNF). Trata-se de uma iniciativa conjunta, CUT e central sindical alemã – DGB, implementada entre 2005 e 2010, cujos resultados contribuíram para inserção de jovens dirigentes em cargos estratégicos das instâncias CUTistas, fortalecimento do Coletivo Nacional da Juventude e a criação da SNJ da CUT.
 
Para unificar a experiência e renovação do sindicalismo CUTista, o Projeto “Juventude da CUT em Ação” se propõe a atuar em duas dimensões complementares. A primeira, na formação de jovens dirigentes formadores (FJDF) com o apoio das Escolas Sindicais da CUT nas regiões. A Escola Nordeste da CUT terá três turmas sub-regionais com 18 jovens dirigentes sindicais, contemplando as Estaduais e Ramos da CUT dos nove estados da região. Por sua vez, esses 54 dirigentes serão responsáveis por desenvolver nos seus estados um processo de formação para turmas de novas lideranças sindicais da juventude (FJL).
 
A oficina de preparação do Projeto traçou o percurso formativo do FJDF. Martinho da Conceição, coordenador geral da SNF, mediou o debate e sistematização das propostas para a formação dos/as dirigentes formadores. Serão três etapas modulares, que situarão os/as jovens formadores acerca da estratégia organizativa da CUT, dos desafios da juventude na sociedade e mundo do trabalho e da concepção metodológica da formação CUTista, visando dar consistência ao trabalho de base a ser desenvolvido nos estados junto às juventudes trabalhadoras.
 
Para Paulo Bezerra, coordenador de formação da Escola NE da CUT, o Projeto responde aos anseios da juventude que se organiza no interior da Central Única e dará uma relevante contribuição para a continuidade e renovação das lutas da CUT, num momento em que ela completa 30 anos à frente dos enfrentamentos da classe trabalhadora no Brasil e no mundo.
 
José Celestino Lourenço (Tino), secretário nacional de formação da CUT, reforçou o compromisso da Central com o Projeto e o papel estratégico que as Escolas Sindicais CUTistas devem cumprir para a implementação e acompanhamento pedagógico das ações formativas com a juventude nas regiões do Brasil.
 
Fonte: CUT

11 de setembro de 2013

Juventude internacional promove debate sobre a Síria na USP

A Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD) intensifica seu trabalho para divulgar o 18º Festival Mundial de Juventude e Estudantes (FMJE), em Quito, Equador, entre 7 e 13 de dezembro. Na quinta (12) promove o debate “O conflito na Síria e a intensificação das guerras imperialistas”, na Universidade de São Paulo (USP).

O evento terá a participação da psicanalista e autora do livro Imigração Árabe 100 anos de reflexão Claude Fahd Hajjar e o coordenador do curso de geografia da USP, André Martin, e acontece a partir das 18h na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.
 
Este debate será o primeiro de uma série de atividades que serão realizadas no Brasil a fim de divulgar e mobilizar a juventude brasileira para o 18º FMJE.  “O FMJE é o maior encontro de jovens anti-imperialistas no mundo. O momento político exige uma articulação internacionalista para a juventude, dos quase 200 milhões de desempregados no mundo, cerca de 74 milhões são jovens entre 15 e 24 anos de idade, esta é a consequência desastrosa das praticas econômicas das grandes potências, não bastasse esta situação, querem resolver seus problemas intensificando a guerra e a espionagem, subjugando outros povos aos seus interesses”, salientou o diretor de Solidariedade Internacional da UJS, Ismael Cardoso.
 
A UJS liderou protestos pela paz em diversas cidades brasileiras na sexta-feira (6). O maior e mais significativo ocorreu em Brasília (DF), onde a UJS esquentou ainda mais o tempo com mais de 400 jovens em marcha para protestar em frente à embaixada dos Estados Unidos. Com objetivo explícito de denunciar a invasão norte-americana à Síria com mais essa guerra de conseqüências imprevisíveis para ao futuro da humanidade, A UJS tingiu a embaixada de vermelho e azul para denunciar mais essa manobra unilateral do governo dos EUA que ameaça o planeta com seus objetivos sórdidos.
 
O governo de Barack Obama se faz xerife do mundo a seu bel prazer, sem dar importância às nações e aos seus povos, basta não se inserir nos seus ditames para ser vítima em potencial de suas ações beligerantes. Nos atos, a UJS mostrou toda a indignação da juventude brasileira contra essa guerra burra e claramente por interesses comerciais e geopolíticos da potência imperialista. O debate é justamente par entender toda essa ação dos EUA contra um país soberano.
 
Durante o evento também haverá o Lançamento do 18º FMJE, que será às 18h, na quinta, no Anfiteatro Geografia (USP).
 
 
 
Fonte: Vermelho

Juventude enfrenta alta rotatividade e baixos salários, revelam dados do Ipea

Estudo revelado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), revela que a alta rotatividade está por trás do elevado nível de desemprego entre os mais jovens. De acordo com uma nota técnica publicada no o boletim Mercado de Trabalho: Conjuntura e Análise, lançado na última semana, os jovens não têm dificuldade de entrar no mercado, mas contratações e demissões são mais frequentes e os períodos de emprego, mais curtos.

“A entrada e saída muito fáceis tendem a diminuir a aquisição de experiência geral e específica de trabalho. Uma vez que o acúmulo deste tipo de capital humano é importante, a elevada rotatividade experimentada pelos jovens no Brasil é um fator que dificulta o aumento de sua (futura) produtividade e salários”, diz um trecho da nota técnica, assinada por um grupo de economistas encabeçado pelo editor do boletim e diretor adjunto de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Carlos Henrique Corseuil

“O jovem consegue entrar, mas ele entra numa empresa em que a rotatividade é muito alta”, afirmou, no Rio. Segundo Corseuil, provavelmente, são empresas de menor porte, em setores com maior movimentação de trabalhadores. Com isso, há uma dificuldade de alocação.

“Se você conseguisse colocar esses jovens nas empresas que se preocupam mais em treinar seus trabalhadores, em ter uma relação mais estável, certamente, a gente teria uma tendência melhor para o mercado de trabalho”, afirmou.

O estudo analisou os fluxos de entrada (contratações) e saída (demissões) do mercado de trabalho, conforme a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os dados mostram que não é mais difícil para os jovens conseguirem emprego, na comparação com os trabalhadores com mais de 25 anos. No entanto, os mais jovens perdem o emprego com mais frequência.

“Uma forma de lidar com o problema da elevada rotatividade no emprego é criar políticas que gerem incentivos para que trabalhadores e empregadores invistam na relação de trabalho. Uma possibilidade nesse sentido é pensar em cursos de treinamento”, diz outro trecho da nota técnica.
 

6 de setembro de 2013

No Grito dos Excluídos, CUT/SP vai às ruas para defender protagonismo da juventude

Defesa é também pelo direito dos jovens que vivem condições precárias no mercado de trabalho

Juventude que ousa lutar constrói o projeto popular. Este é o lema que será levado às ruas da capital paulista no próximo sábado (7), na 19ª edição do Grito dos Excluídos. A ideia é chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos jovens, como a violência e o extermínio, principalmente nas periferias das cidades.
 
Em São Paulo, o ato dos movimentos popular e sindical, dentre o qual estará a CUT São Paulo, terá concentração na Praça Osvaldo Cruz, a partir das 8h30. Os participantes seguirão em caminhada pela Avenida Brigadeiro Luiz Antônio até o Monumento das Bandeiras, no Parque do Ibirapuera, onde ocorrerá o grande ato.
 
Entre as principais reivindicações está a defesa pelo protagonismo da juventude para a construção de um projeto de sociedade que garanta os direitos dos trabalhadores, trabalhadoras e da população, como reforma urbana e agrária, saúde, educação e transporte público de qualidade.
 
O secretário de Políticas Sociais da CUT/SP, João Batista Gomes, afirma que a CUT levará em suas bandeiras a defesa dos direitos da juventude trabalhadora.  “Muitos jovens entram no mercado de trabalho em condições precárias. Eu, que sempre atuei no serviço público, posso dizer que isso não é diferente no funcionalismo. Salários baixos e grandes jornadas de trabalho são alguns exemplos. Fora esta questão, a nossa Central tem resistido para que o PL 4330, que é o mesmo que rasgar a CLT, não passe no Congresso”, disse o dirigente, referindo-se ao chamado Projeto da terceirização, uma tentativa de precarizar ainda mais as relações de trabalho no Brasil.
 
De acordo com Gomes, o tema deste ano traz desafios para o mundo sindical, num momento histórico em que a juventude sai às ruas para protestar. “Junho e julho foram meses que nos ensinaram. Não é de hoje que o movimento sindical debate sobre a importância de maior participação dos jovens dentro das entidades. Para nós, isso ainda é uma questão a ser superada, ou seja, precisamos descobrir de que forma conseguiremos abrir espaços para que a juventude ocupe”.
 
Raimundo Bonfim, coordenador estadual da Central de Movimentos Populares (CMP), ressalta que é preciso apostar na juventude que luta. “Apoiamos a juventude que resiste às formas de opressão e que está nas ruas para brigar por mudanças estruturais. Sabemos que a desigualdade no Brasil afeta principalmente as mulheres e os jovens”.
 
A qualidade dos transportes públicos – bandeira erguida pela juventude no primeiro semestre deste ano – foi outro tema destacado por Bonfim. “No Grito dos Excluídos vamos denunciar a corrupção dos governos tucanos nos metrôs e trens paulistas. Exigimos a criação de uma CPI para apurar os desvios que vêm sendo feitos há 20 anos pelos tucanos em São Paulo”.